
"O que me alicia os olhos na pobreza é a suposta miséria da qual minha alma se prende para encontrar sua liberdade. A feiura, a escassez e a dor são partes inseparáveis de mim - e é isso que eu não sei negar. Cada dia que passa, aceito mais e mais essa dependência de tudo o que é desprezível pelo conceito capitalista, burguês e moralista. Na verdade, creio que o fato de eu ser aficcionado pela insignificância é uma forma inconsciente de me aceitar desnudo frente ao espelho, de encontrar significados, de me ver nas ruínas a fim de reconstruir alguma coisa de útil."
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