Para
esta vida enorme e veloz, morte vagarosa – fantasia...
Naquele frio, percebi como são elegantes os clarões azulados dos lenços
enfumaçados que sobem de sua boca...
Minha fumaça entrelaçou-se à sua, como se nossa solidão se abraçasse; tornando-se
uma só alegria...
Que maravilha essa terra: cinzeiro e luzeiro nosso!
O céu afaga, fuma monóxidos e tristezas, mas também faz cinzas do que não é
poesia...
Às caretas de um tempo que apenas fecha-se aos caretas fúteis e carros
acelerados (quais guimbas de toda beleza e sentido), mais um cigarro...
1 cigarro...
E assim, do absurdo e do divino fizemos rima:
relaxa, acenda e traga sua dor,
enquanto eu queimo outro amor –
para esta vida enorme e veloz, morte vagarosa – fantasia...
Nenhum comentário:
Postar um comentário