"Nem deuses, demônios, semideuses, híbridos, humanos ou qualquer criatura têm o direito de revelar-me o futuro. Não quero profecias, prognósticos. Quero o susto da filosofia, a surpresa desse teatro existencial, a Graça do imprevisível, esse namoro simples e extraordinário com a vida e a sensação da suposta indisponibilidade divina que me faz exercer minhas potencialidades e insanidades... Desejo nada além desse hoje que chamo de presente sem respostas nem perguntas como uma música apetitosa sem a pretensão da eternidade, o temor que paralisa, a ilusão da fé, os paliativos de autoajudas... Desejo somente essa poética sem futuro que me diariamente me serve - de verdade absoluta e sentido maior."
Escrevo porque não posso frear o impossível: controlar as vozes que nascem poeticamente em mim, como a beleza irrefreável do crepúsculo - é a arte quem me guia. Nesse mar há paixão e verdade essenciais a mim, tanto quanto o oxigênio; de modo que é nisto que contém sentido: tornar-me legível (para mim mesmo), ainda que minha caligrafia seja de certa forma ilegível.
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