Texto inspirado no quadro da sala do apartamento dos pais de Leandro http://lendonaspontes.blogspot.com/
Escrevo porque não posso frear o impossível: controlar as vozes que nascem poeticamente em mim, como a beleza irrefreável do crepúsculo - é a arte quem me guia. Nesse mar há paixão e verdade essenciais a mim, tanto quanto o oxigênio; de modo que é nisto que contém sentido: tornar-me legível (para mim mesmo), ainda que minha caligrafia seja de certa forma ilegível.
sábado, 28 de agosto de 2010
A luz distante por Sergio Martins
Texto inspirado no quadro da sala do apartamento dos pais de Leandro http://lendonaspontes.blogspot.com/
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Soneto à terra seca por Sergio Martins
Na dispersão daquelas nuvens, choveu no dia de sol
e submergido pelo acústico da vida intra-uterina,
curvei-me qual embrião e feliz como ave de rapina
que se eleva afobada diante de seu tão precioso atol.
As ervas e as flores perfumaram docemente o caminho,
na manhã crescente, quieta, vagarosa e contemplativa
com seus pardais e sua atmosfera simples e inventiva;
como se fosse a límpida transparência do meu anjinho.
A tarde me aliciou em meio a uma fresta prateada e forte
no céu e ela; magra e branca qual ávido copo de leite
deitou-se no leito crepuscular; pois dela eu sou consorte.
Neste andamento, sem as canções, as luzes e as cores do dia,
sobre a pedra dourada me assento arredio de lucidez
sentindo o cheiro da garoa voltar à terra seca que me refugia.
Foto: Google
Do fim do caminho por Sergio Martins
Foto: Google
Camisola de seda por Sergio Martins
Ilustração: "pequenos mimos"
Fonte: http://carlalilianaoliveira.blogspot.com/
Meu ser-outro por Sergio Martins

Foto: Google
Viajante alado por Sergio Martins
Pelas manhãs de inverno quando o frio é intenso e a chuvinha cai vagarosa feito poeira se evaporando, aquele velho desce do seu casebre no morro e sobe a serra com seu retalhado chapéu de palha, o blusão e a calça de tergal rasgados; desbotados. Enquanto a chuva lhe acaricia o corpo magro e negro, ele segue atento a todo encanto natural da colina, lembrando de sua juventude problemática, da menina mais bonita da escola que namorou mas que o rejeitou por vergonha de sua pobreza, ou pensa, com grande tristeza, de como o tempo foi rápido e severo ao pôr tão depressa os pesos em suas costas agora encurvadas, as dores em seus pés, as rugas e as olheiras no rosto...
A subida cansativa compensada pela esplêndida vista é uma terapia que lhe amaina a azedo de sentir-se inútil, de não ter de volta o emprego perdido injustamente na juventude, de jamais gozar da alegria de ser pai e um homem amado por sua esposa, embora ainda guarde e oferte tanto amor ao seu pobre mundinho e sustente o sonho de ter o seu grande amor.
Desta vez, ele não consegue ir até o alto. Para junto a uma mangueira e se encosta. Tira o chapéu molhado e o sacode, enxuga as lágrimas que começam a misturar-se com o resto da garoa que se dispersa na ventania. Depois de alguns minutos abaixo da mangueira sentindo os badalos inquietos de seu peito, desiste de seguir em frente. Entrega-se ao chão folheado, acende um cigarro e vê um Sabiá sobre o cerco de arame farpado que ignora sua presença continuando imóvel e silente. Ele que sempre sofreu com o temor de tornar-se um mendigo ou abandonado pelos amigos, agora, diante do mágico e solitário pássaro, compreende como os grandes sábios puderam se enveredar sem grandes danos pelo desfiladeiro do isolamento, da sensação de abandono e encontrarem os bosques de toda beleza contraditória, de toda poética triste e prazerosa que só habita os labirintos vazios e silentes da alma.
Aquele viajante alado começa a cantar enquanto o velho sente uma tremenda aflição ao ver nele o seu límpido espelho: alguém que irá para sempre sem jamais ter sido percebido, um ser solitário que tentou a todo custo musicar sua vida com as notas do prazer. O estradeiro voador é um espelho tão luminoso de seu íntimo que ele, andarilho de asas sonhadoras e de canto melancólico, volta para o seu casebre com medo da solidão que lhe assombra desde o dia do seu nascimento. É quando, a passo, desce a estrada enlameada pensando: se fosse rico, não me acometeria tal fado?
E tão logo, vê-se aos pés do seu Calvário particular como se estivesse no altar do seu deus. É aí, na entrada da serra, que ele sempre se vê melhor: por baixo de tudo e de todos; onde sua posição é estar num permanente debruçar sobre o cerco de suas emoções aliviadas do caos suburbano e diário.
Primeiramente, aquieta-se trazendo à memória o encanto do viajante alado, permanece silente por alguns minutos, arrepende-se dos murmúrios soltos em demasia, ignora a presença de seus fantasmas abraçando sua fiel e inseparável amiga solidão e por fim, remete ao seu deus sua música agradecida certo de que a vida continuará sendo uma canção solitária - embora grávida de amores felizes.
Sob o luar outonal por Sergio Martins
Foto: Google
O desencanto - por Sergio Martins
Na festança de halloween, o menino
homem, aquele tímido lobo, ainda esperava sua lua cheia a fim de revelar sua
identidade oculta. As bruxas, os zumbis, monstros e todos os seres
fantasmagóricos aproveitavam a noite agradável, deliciando-se com suas presas, mas
o lobisomem, entristecido, notava na balada uma dança entediante, o murmúrio
inquieto de sua alegria que desejava despontar.
Até que a sua amada entrou no
salão, como um dia ensolarado aniquilando os feitiços malignos; e ele,
envergonhado e mudo, apenas contemplava a majestosa beleza da dama; e ela,
também envergonhada, pareceu entender todo o sofrimento do lobisomem: aquele
miserável e infeliz destino.
Permaneceram cabisbaixos por alguns
minutos, até as tristes e vexaminosas vidas se encararam: o espelho não
quebraria o feitiço daquela danação eterna, mas o sentimento, a luz que, por fim,
divinamente surgiu no olhar de ambos.
A lua cheia já não fazia efeito demoníaco no homem, para a mulher, a vida vampiresca na maldição do amor incorrespondido se quebrara. Ao fim da festa, ambos sem suas vítimas e vitimados pelo amor, experimentaram a prazerosa alegria sob a luz do amanhecer.
Quando se ama por Sergio Martins
Eu devia estar doente, como eu mesmo previa,
mas algo estranho e belo me guiou...
Talvez devesse estar mais contente
como as flores de setembro,
mas a calmaria de uma borboleta me agitou...
Pois quando se ama, há uma contradição,
um fazer-nada-fazer, um dizer-nada-dizer,
o mundo é novidade: toda hora é um primeiro
olhar e todo dia passa a ser o último.
O agora é o melhor presente,
como se a verdade absoluta fosse um
simples abrir dos olhos e poetizar,
pois como disse Hosea Ballou:
“A felicidade verdadeira é barata,
mas nós pagamos caro por sua imitação”.
Foto: Google
Marte por Sergio Martins
Nas esquinas de sonatas vi você passar
e o "ali" já não havia...
Nas ladeiras desse amar-te ouvi dizer
que no inverno o florescer é cantar-te,
adorar-te e nessa arte, a Marte eu vou...
Foto: Google
Traz a viola por Sergio Martins
Preciso dizer- em meu “faz de conta” canto de pássaro- amor e prazer.
Leva tudo embora- nossos contos de fada -
em montes de olhares castanhos: claro caminho e mentiras...
Chame tudo de volta,
leva-me a voltar
a trazer-me de novo
no enlouquecer de rodar por você
e de jamais cansar de me perder.
De florir o canteiro,
de contar e em qualquer canto encantar.
Foto: Google
O mar de teus azuis por Sergio Martins
Mar Azul...
Quero dizer; mas palavras não podem...
Sobra um silêncio de flor...
São ideias mortas no ar.
E pra responder o que não entendo
só desejo o seu olhar.
Longe vou...
Sempre aqui...
Sem prazer no luar
e sem esquecer quem eu sou...
O que é o poder sem a dor
e o amar sem perder?
Foto: Google
Balada da senhora mística por Sergio Martins
Foto: Google
Opala de fogo por Sergio Martins
Foto: Opala de Fogo
Fonte: Google
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Soneto ao pássaro do Jardim Novo por Sergio Martins
Vistes o pássaro sumir ao vento do abandono e chorastes
sem fé no amor, e ele voou alto; mas a graça do mundo
e toda sua musicalidade tornar-se-ia gaiola; rio profundo
desaguando em teu rosto e nas artes que com ele criastes.
Ao tempo em que via esvoaçar a flor de sua harmonia
na chuvarada desigual, um novo jardim se abria
em primavera vívida onde a liberdade lhe sorria;
e ele– livre?– desenganou-se daquele ninho de poesia.
Ele semeou muitas siriguelas e abius, comeu milho, amora e curau.
Fartou-se de açaís, pêssegos, figos nobres, e até de melão de São
Caetano; andou entre ameixas, maçãs, tâmaras e luar de sarau.
E nos dias tristes em que degustou e pranteou em meio às Catléias,
soube que apesar de a simples rosa ser senhora do Jardim Novo,
ele já se tornara dependente do hedonismo das Azaléias.
Foto: Google
Soneto ao lago salgado por Sergio Martins
Do lago, a humilde orla se alegra às muitas conchas,
à limpidez da água, aos quietos e festivos
pés que lhe massageiam investigativos
e mui acarinhados pelo dedilhar das leves ondas.
Que esta harmônica seja assim: apenas simples e sempre.
Onde o espírito e a matéria se desejem com ardência,
qual mar e pescador, arte provisória e com permanência;
como se jamais saíssemos do materno ventre.
A brisa corre fresca e logo as gaivotas deslizam, planam
à sua música eufórica, borboleteando o campo alviverde,
reverenciando os cáusticos amores que não se amainam.
Vem de longe a imensidão de espuma densa e alva que volita,
adornando a ramagem, flutuando à toda superfície, e assim, a
ambiência dessa graça imparcial não consegue ser mais bonita!
Foto da praia de Figueira RJ
Fonte: Google
Soneto de Agosto por Sergio Martins
Novamente, nesse Agosto vejo um fogo de carvão,
e tu, árvore forte - toro seco de lenha branca -,
há de manter por muitos dias o ardor que tranca
a agonia de luar habitante da beleza dessa região.
Pela manhã, as folhas são arremessadas ao chão,
encontro teu cabelo de caju aromático pela banca
e nas minhas roupas; no regelado, sua boca franca
acende a calmaria ao crepúsculo em vermelhidão.
Tua canção é chuva no dia de sol, riso depois de perder
a graça de vencer, teu perfume entra no espaço místico
do meu corpo e me faz um cavaleiro venturoso de viver.
Estrela do meu norte eterno que amaina o anoitecer
antipoético e ilumina a idade rude de meu ser, és
simples, mas em tua grandeza aspiro rejuvenescer.
Fto: Google
Soneto para a lua apaziguante das tardes julinas *************por Sergio Martins*************
A brisa daquele olhar suplantando minhas guerras e fugas,
qual fogo de inverno (tranqüilidade na espera delongada),
e a face abatida da noite na água límpida, negra e gelada,
assistiu meu semblante peregrino sorrir às graças tuas!
Sobre o corpo da árvore frutuosa lavei-me o opróbrio,
ergui a torre forte e sedenta, bebi a luz da fonte escura:
e vazou a dor do ciúme- medo da perda de si próprio.
Ela admirou o meu entardecer, meus lábios ressecados ali,
ao chão, jogados ao tempo vil, como quem vê o mar
pela última vez; recebeu-me – Moça à Janela de Salvador Dali.
Mortificou-se meu corpo outonal às paixões veraneias, sombrias
e silentes, as mágoas foram lançadas no mar primaveril - minha
alma oblíqua inclinou-se para a lua apaziguante das tardes julinas.
Foto: Moça à janela de Salvador Dalí
Fonte: Google
Soneto à Dama da Tarde por Sergio Martins
sua maciez em meus nervos eletrizados,
sua canção em que meus traumatizados
sentimentos, enfim, acharam a doçura do amor.
A noite do Jardim Novo tem sono e um sonho me ergue,
viajo pelas tardes quentes de Dezembro:
esperança na alegria tardia. E assim, lembro
que o cair do dia é uma espiritualidade que me segue.
Tarde por tarde adentro nesse belo entardecer
em que sou crepúsculo - complexidade posta
no que incendeia de exultação o meu viver.
Por essa infinidade, a morte definitiva jamais será minha anfitriã,
pois, só a Dama da Tarde tenho como visita de honra nesse
além-mundo cuja estranha poética é a única certeza do amanhã.
Foto: A bela da tarde (Belle de Jour), 1967 / Um filme de Luis Buñuel/ França / Italia
Fonte: Google
Soneto da minha casa por Sergio Martins
ou o brilho dos seus citrinos e hipnotizantes olhos por si só,
era aquilo que nunca entenderias fazendo-me digno de dó:
o amor que me arrebatava, o presente: a arte pela arte.
Não se tratava da vida encurtada, sem paixão,
em tudo havia o sabor do chocolate, da euforia, do sorvete,
do morango em sua boca e das geleiras petrificando o mar verde
- são nuvens de algodão doce que jamais voltarão.
Não poderia ser a rosa gratuita que ao partir me empobrecia,
muito menos as férias das gaivotas no céu, e sim, a minha ânsia
em saber que por nada neste mundo seu coração me chamaria.
Não foi aquele Agosto encarecendo-me a graça da existência,
tampouco a saudade da primavera decorando o canteiro da calçada;
tudo não passava de neblina- da minha casa-: poesia e ausência.
Foto: casa de Aleijadinho
Fonte: Google
sábado, 14 de agosto de 2010
Bom de bola por Sergio Martins
com o sonho de bater sua própria bola,
crendo que viver no Rio de Janeiro seria fácil como moer mandioca.
Já chegou cheio de prosa,
tentou ficar na moda,
comprou roupas “da hora”,
jogou pelada e tentou “pegar onda”,
mas não conseguiu imitar o carioca,
pois até no sotaque era motivo de chacota.
Todo dia, bem alegre ia de bola cheia para a escola,
porque gostava de merenda e de aprender e nunca tirou uma cola
em teste ou prova e só tirava nota dez pois não faltava uma aula.
Por isso, achou que podia namorar a Maria Paula,
só que a menina mais linda da “quebrada”
não dava bola para absolutamente nada,
nem para os bombons, ou para a rosa perfumada
que aos pulos, ele apanhava de um muro baixo na estrada,
muito menos para os quadros que ele pintava
e os belos desenhos que ele a ofertava
sempre dando às mãos com um sorriso inocente
de quem acreditava que algum presente,
ainda que fosse uma simples bala ou poesia
faria o gosto da menina e do caipira, a alegria.
Mas ele só batia um bolaço no Xote, no Baião e no Xaxado,
no Rap, Funk e Hip-hop, não passava de um embolado,
na rapadura e no baralho até que era bolachudo,
já no video-game ficava bolado e murcho,
em assunto de estudos nunca tinhas bolas foras,
mas no skate e no computador só “bolada nas costas.”
Sua cabeça estava muito embolotada;
visto que não dava uma bola dentro de coisa sofisticada
e cansado de tanta bolachada,
bola perdida, bola queimada,
bola no travessão e bola quadrada,
percebeu que seu jogo mesmo era outra “parada”.
Foi assim que desistiu de tanta “bolação” por nada
e deixou de ser a “bola da vez” da rapaziada
que só tira zero nas provas, nota máxima em “balada”
e que nunca trabalha. Então, de “boleira adoidada”
se mandou. Voltou pro sertão onde é bom de bola.
Agora, longe de ser “mané carambola”,
de bola em bola e do jeitinho que sempre quis,
sua vida vai bolando no seu campinho de terra simples e feliz.
foto: Google
À hora do almoço por Sergio Martins
À hora do almoço, o trabalhador descansa abaixo da meia-sombra fugindo de mais um cáustico dia de verão. Tão logo recostou o alquebrado dorso na parede queimante e viu-se envolvido num olhar forasteiro abaixo da mangueira do seu empregador observando mais que as verdíssimas folhas e as mangas que, presumia, serem deliciosas e que talvez, poderiam cair sobre sua cabeça.
Tentou desviar os olhos da clareira solar e observou mais que sua pequenez de erva diminuta, ou sua triste lida suburbana, ou a fuligem colorida que subia do chão em pequenos redemoinhos, ou os quase imperceptíveis grânulos de água se evaporando feito alívio momentâneo endereçado ao seu poeirento atalho existencial; sentia que tudo aquilo se resumia ao seu próprio íntimo, àquilo do qual ele realmente é constituído: vertigem das emoções, refém de um oásis que só mora na esperança fraquejada, miragem pela sede jamais aquietada de chegar "lá." De modo que aquele breve descansar à sombra tratava-se, sobretudo, de uma controvérsia - o solo permanente de sua alma: escuridão em que se é possível encontrar alívio e calma.
O ingrato patrão lhe acorda aos gritos enquanto ele percebe uma manga madura no chão que possivelmente caíra enquanto divagava. Ignorando o chamado grosseiro e irônico, ele entende a surpresa simples e diária: o seu senhor é quem trabalha muito sem ter a paz que acolhe aos pobres, além de colocar na mesa do desprovido homem o pão e o vinho que o alimenta e o alegra na presença dos seus, os quais, tanto ama e é amado.
O homem se levanta ao estalo de suas costas sentindo o peso da idade e do seu mundo, o desgaste do seu corpo pelos forçosos serviços e da sensação de brevidade existencial. Observa suas mãos calejadas, desenhadas pelas rugas e extravagantes veias, porém, desta vez, suas mãos não estavam mais fadadas ao vazio, pois a manga que segurava lhe surgia como uma resposta ao seu desejo – fruto saboroso e permanente que nem mesmo seu patrão ou o cruel sistema poderiam lhe furtar. E foi assim que ele, apanhado de súbito pelo fruto que caiu feito milagre, seguiu sorrindo como há muito não fazia e sentiu-se tão leve e prodigioso quanto nos tempos de menino em que uma gorjeta ou um beijo de menina bonita e apaixonada faziam a mais eufórica festa em seu humilde mundo.
Todo tempo, o mundo todo por Sergio Martins
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Os corvos por Sergio Martins
Foto: "Os corvos" de Van Gogh
Fonte: Google
Divino espaço por Sergio Martins
Foto: meu acervo profissional
A casa da esquina - Sergio Martins
A arte literária deixou de ser degustada junto com os petiscos e deliciosas bebidas à beira da piscina, o quintal visitado pelas crianças está repleto de folhagens secas e frutos estragados, a tristeza das árvores também se dá pela saudade das crianças que partiram juntamente com os pássaros que nelas se divertiam; o jardim começou a murchar quando foram buscar Deus fora dele; é que os político-religiosos entorpecidos pela ganância do poder – o que eles amam não é a pessoa de Deus, muito menos as atividades político-religiosas, e sim, o poder místico e a autoridade exercida entre os homens – esqueceram que Ele, Deus, fez o jardim para o homem - encontrá-Lo.
Foto: Google
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