Escrevo porque não posso frear o impossível: controlar as vozes que nascem poeticamente em mim, como a beleza irrefreável do crepúsculo - é a arte quem me guia. Nesse mar há paixão e verdade essenciais a mim, tanto quanto o oxigênio; de modo que é nisto que contém sentido: tornar-me legível (para mim mesmo), ainda que minha caligrafia seja de certa forma ilegível.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Soneto ao lago salgado por Sergio Martins
Do lago, a humilde orla se alegra às muitas conchas,
à limpidez da água, aos quietos e festivos
pés que lhe massageiam investigativos
e mui acarinhados pelo dedilhar das leves ondas.
Que esta harmônica seja assim: apenas simples e sempre.
Onde o espírito e a matéria se desejem com ardência,
qual mar e pescador, arte provisória e com permanência;
como se jamais saíssemos do materno ventre.
A brisa corre fresca e logo as gaivotas deslizam, planam
à sua música eufórica, borboleteando o campo alviverde,
reverenciando os cáusticos amores que não se amainam.
Vem de longe a imensidão de espuma densa e alva que volita,
adornando a ramagem, flutuando à toda superfície, e assim, a
ambiência dessa graça imparcial não consegue ser mais bonita!
Foto da praia de Figueira RJ
Fonte: Google
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