Escrevo porque não posso frear o impossível: controlar as vozes que nascem poeticamente em mim, como a beleza irrefreável do crepúsculo - é a arte quem me guia. Nesse mar há paixão e verdade essenciais a mim, tanto quanto o oxigênio; de modo que é nisto que contém sentido: tornar-me legível (para mim mesmo), ainda que minha caligrafia seja de certa forma ilegível.
sábado, 16 de outubro de 2010
Amargo mar por Sergio Martins
Não é que haja nada além
de ser mais um alguém,
mas sabes como é meu bem...
Vão a pé os que amam sem
ver que o chão não é só desdém.
É dor e prazer. E hoje, mais Graça tem!
E há de ter mais doce a se provar
quando você degustar o alvorecer
colorido desse nosso amargo mar;
e enfim, terás o prazer gratuito de amar.
Então, é o mapa desse aquém
viver o que nos sobrevém,
mas saiba que eu sou vai-e-vem...
São ralés os que amam bem
a ter do pão o suor que não convém.
É flor do viver. E hoje, mais nada vem!
Foto: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=589187
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