Escrevo porque não posso frear o impossível: controlar as vozes que nascem poeticamente em mim, como a beleza irrefreável do crepúsculo - é a arte quem me guia. Nesse mar há paixão e verdade essenciais a mim, tanto quanto o oxigênio; de modo que é nisto que contém sentido: tornar-me legível (para mim mesmo), ainda que minha caligrafia seja de certa forma ilegível.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Toada por Sergio Martins
Não se desmerece um bom mosto.
A péssima lavra virá abastada.
Não se reacende um mal imposto.
E em Setembro a emoção terá aflorada.
Não se esquece o belo rosto.
A palavra será lembrada.
Não se perde aquele gosto.
E em Dezembro a canção será Toada.
E porque nada se perde, há muita paz
no meio do torvelinho.
Se for o caso de deixar tudo para trás
sem freio no caminho,
que seja apenas para nunca mais
fugir do ninho
e perder a Graça de redesenhar,
pra bem colorir
a rua que amanhã vai brilhar
só pra lhe ver sorrir.
Foto: http://incrivelsuperstar.blogspot.com/2009_08_01_archive.html
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