Escrevo porque não posso frear o impossível: controlar as vozes que nascem poeticamente em mim, como a beleza irrefreável do crepúsculo - é a arte quem me guia. Nesse mar há paixão e verdade essenciais a mim, tanto quanto o oxigênio; de modo que é nisto que contém sentido: tornar-me legível (para mim mesmo), ainda que minha caligrafia seja de certa forma ilegível.
sábado, 23 de outubro de 2010
Croqui por Sergio Martins
Em teu corpo desenhei notas musicais
encontrando abismos e sons florestais.
Você partiu e em mim ficou um altar
onde faço amor com a fantasia pra não me abandonar.
É tão difícil reaver a aliança,
porém, é fácil ouvir a criança.
É raro não se esconder e desta forma ter certeza demais,
mas é admissível meu caminhar com uma sombra a mais.
Chuva, leva as pegadas de um tempo a entardecer.
Escaldante areia será nova tela ao amanhecer.
Bruma, sopra a saudade de um vento a renascer
nas crianças apaixonadas a arte de pintar e de viver.
A maior conquista é o absurdo do prazer.
Um amor de chocolate para toda fome de viver.
À tarde, notei que o trabalho de toda minha vida
será (noite) apenas pelo momento da despedida.
É compreensível a vida de loucas escolhas,
todavia, é grácil ainda o cair das folhas.
É fato que não se pode ter todas as luas e seus cais,
mas é impossível meu sonhar sem as alegrias litorais.
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