Escrevo porque não posso frear o impossível: controlar as vozes que nascem poeticamente em mim, como a beleza irrefreável do crepúsculo - é a arte quem me guia. Nesse mar há paixão e verdade essenciais a mim, tanto quanto o oxigênio; de modo que é nisto que contém sentido: tornar-me legível (para mim mesmo), ainda que minha caligrafia seja de certa forma ilegível.
sábado, 16 de outubro de 2010
As muitas faces de uma só verdade por Sergio Martins
Compunha, então, o mar que bem quis
na imaginação fértil dessa ilha infeliz;
e tanto sonhou amar suas marés
que as ondas morreram aos seus pés.
De cetim frígido e branco vestiu-se a aurora
ébria de espumante e as velas, dormem agora
à paz que faz adormecer os copos sob a lua cheia
que em seu eterno adeus vigia os corpos de areia.
É de luau e fogueira pouca
essa paixão que te faz louca.
Nosso pedido para a estrela cadente não terá sido uma mera vaidade,
mas nossas pegadas desiguais são as muitas faces de uma só verdade.
Imagem ( ambiguidade perceptiva): http://www.guimaraens.org/web/?p=42
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