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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Aquele velho relógio - por Sergio Martins

Relógio antigo




De longe, um pescador reconhece outro pescador:
espelho de mar lírico que entardece,
árvore que seca no Jardim Novo e belo...
Vi um pardal sozinho na chuva e esqueci-me do tempo,
a noite dormiu comigo enquanto eu te chamava
mas aquele velho relógio lembrou e chamou-me...
Seu olhar me convidou: bebamos do licor que nos desedenta
e que não mata nossa sede – de embriaguez!
Passou a chuva duradoura da tarde fria e pela manhã, via-se
o chão barrento e pedregoso nos guiando outra vez à praia...
O sol convidativo se punha arremessando novas cores
para os amantes degustarem dos velhos olhares; no entanto,
o barco de pescador não aportou, as gaivotas voltaram e
aquele velho relógio lembrou e chamou-me...
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