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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Velho Oeste - Sergio Martins






Minha oração me permite abrir os olhos para contemplar a beleza sagrada. Esta é a porção de luz diária que ponho no altar; o meu jardim interior que dialoga com a realidade que necessita ser (re/des) construída...

Por isso, Neste Velho Oeste onde todos os dias ouvem-se os tambores dos deuses do caos, eu, minúsculo capim num canto qualquer, sobrevivente e agradecido, danço com as flores: criança brincando entre os destroços pós-guerra, desdenhosa do mal que em vão insta prevalecer - na pequena terra que ainda respira um jardim.







domingo, 7 de janeiro de 2018

Para entender a vontade-necessidade de um beijo - Sergio Martins







Você gostou dos cachos amarelos da Acácia (enquanto eu recitava Vinícius de Moraes),distraí-me em seus olhos, no teatro, antes do beijo regado à vagarosa chuva: ficamos acima da cidade assistindo as luzes que dormiam sob a imensa lua.                                   
Beijar-te é um portal que me leva a encontrar o perdido eu. Dos seus lábios tenho minha eufórica juventude, a idealização romântica apagando os ressentimentos de guerra, transpondo-me à redenção divina...
O verdadeiro beijo é a saciedade da ânsia desesperada pela vida.
Não ter seu beijo é o meu medo inconsciente das clássicas tragédias: experimentar nos deleites de outros beijos a prematura e lenta morte.


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