Ela que conhece muito
bem as gaiolas fechadas,
está longe, dormindo
em paz - livrezinha.
Enquanto eu, diminuído nessa cama confortável,
insone de tanto ler a mim
mesmo - livrozinho. Enquanto eu, diminuído nessa cama confortável,
Escrevo pela ilusão de eternizar a beleza, pois é dessa poética que se alimentam os amantes da arte. O que realmente interessa-me é não frear o impossível: controlar as palavras - é a arte quem me guia. No momento em que as palavras me conduzem, mesmo levado pelas ilusões, exponho minhas únicas verdades... É nisto que contém sentido: tornar-me legível (para mim mesmo) mesmo com certa medida de obscuridade.
Meninas Sofia e Amélie, distantes, quase se tocam; se tateiam no escuro de suas noites chuvosas, feito irmãs que se amam; como se conhecessem apenas o Rio e seus caminhos das pedras, mas que agora, perdem e acham-se ao navegar em seus mares e nortes desejados...