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segunda-feira, 31 de março de 2014

Leme - Sergio Martins





Vivo acabado
- na liberdade, qual fuga de amante soldado.
Morro inacabado
- pela intenção de velejar no que me é de agrado.
Sempre às vésperas de mais um soneto e pronto
à beleza imediata, aprontando de ponto em ponto...
O poema também não requer definição
apenas nos revela sentidos – a melhor exatidão.
Essa é a vida que tenho como ensolarada manhã.
A morte também é um reencontro feliz – meu afã.


A morte salva?

Amor, te salva:

Amor te salva!



Fotografia de Leandro Pontes: http://instagram.com/p/pHKJv9sbzX/


sexta-feira, 28 de março de 2014

A antiga canção da chuva - Sergio Martins




É tão pequena e sombria a tua rua
na noite em que sussurra
em nós a antiga canção da chuva.
Agora você se cala, (pois ainda não era outono)
e mesmo assim chora o céu ao frio e sono
pra dizer por nós quem realmente é o seu dono.
Silêncio. Escute a emoção. Se é que ainda fala o coração...
Incêndio. Sacode então a poeira e dança o tango de tua imaginação!
Hoje tudo existe só para vermos e nos enxergarem:
as flores não são para os foliões e sim para os tristes se amarem.
E não vá dizer dos contrários...
E pão há de ter nos desertos e átrios...
Amor, você é menina magra de pele branca
e não se exponha ao sol de março caso não possa ser franca;
mas faça dançar pra mim o teu cabelo em vermelhidão
de festa celeste quando a tarde se esvai feito sorriso leve de paixão.
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