Escrevo porque não posso frear o impossível: controlar as vozes que nascem poeticamente em mim, como a beleza irrefreável do crepúsculo - é a arte quem me guia. Nesse mar há paixão e verdade essenciais a mim, tanto quanto o oxigênio; de modo que é nisto que contém sentido: tornar-me legível (para mim mesmo), ainda que minha caligrafia seja de certa forma ilegível.
sábado, 23 de julho de 2016
segunda-feira, 20 de junho de 2016
sábado, 11 de junho de 2016
Agridoce - Sergio Martins
Bêbado de minha
agridoce Afrodite,
ceguei-me do tédio e de toda celulite.
Nessa sandice poética- em que também se embeveces-,
temos esse raro amor que apaga estrias e até estresses.
sexta-feira, 10 de junho de 2016
Simplicidade - Sergio Martins
Eu sei como é pisar nesse chão dolorido,
mas conheço toda a riqueza
que só nasce e frutifica nesta
singeleza;
igual uma ferida que cicatriza-se
ao seu carinho.
Às vezes, tudo parece confuso, uma
frieza nos desesperando,
feito uma vida triste se perdendo
num fim de semana; outonando...
Até que reencontro, ansioso, a
novidade em alegria:
na mesma e simples segunda-feira
- árvore-poesia!!!
Então, mergulho em seu sorriso, e
do seu olhar,
floresce toda a vida brilhante
que necessito degustar.
Acelerado, meu coração me diz:
só de vê-la eu fico feliz!
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
O amor da minha vida - Sergio Martins
Encontrei o amor da minha vida. Foi como achar uma fruta madura na beira da estrada e está sendo um pisar na cauda de um leão. Nunca senti tantas borboletas no estômago (desde a semana passada)... Acabei de conhecê-lo; foi cisma à primeira vista e logo marquei o gol mais rápido dos meus jogos.
Encontrei o amor da minha vida: em contraste com o pequeno ódio de minha morte, sei que também encontrastes antigos trastes travestidos em belos sorrisos, contudo, encontrei meu absurdo disparate: flerte que não acaba mais. Esqueçam aquelas cartas, escondam minhas mensagens, tudo o que possa acabar com minha onda; eu só tenho essa diversão; e quando o telefone toca eu fico aflito...
Encontrei o amor da minha vida. Estou indo a Porto de Galinhas, voarei com elas (as poesias) - vai ser o estopim para a minha próxima tentativa de suicídio (quando meu ex-amor abandonou-me, cortei meus pulsos para expressar o quanto ele significava para mim - e também para receber sua visita no hospital), o casamento do ano que pode até durar mais que a última estação. Assim que minhas nuvens de algodão doce dissiparem-se (quero que todos sintam pena de mim, falarei mal do ex-amor e do quanto sou perfeito), chamem meus psicoamigos para acharmos graça dos galos, galhos, galinhas e dos portos de outras alegrias.
Encontrei o amor da minha vida. Ele é de carnaval, eu sou Punk Rock e isso vai dar Jazz com bafafá. Mas os astros me confirmaram que o meu ascendente é este amor.
Encontrei o amor da minha vida. Como se acha, de última hora, a melhor roupa para a festa ou o melhor par para a minha dança (mas não trata-se de nenhum pé-de-valsa, e por isso, eu sei que vou dançar meu último tango). É que eu necessito de adrenalina - não sei economizar vida - nem morte... Os planetas mudaram os signos, porém, o importante é que ele, o meu amor, embora tenha muitas semelhanças, não tem o mesmo signo do ex-amor e por isso sei que encontrei o amor da minha vida.
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