No fim de tudo, de que valeu a solicitude e o muito trabalhar
se o tempo que levou o pão à mesa
se o tempo que levou o pão à mesa
não conseguiu dar asas à alma presa
que voou como água; que, com as mãos não se pode segurar?
que voou como água; que, com as mãos não se pode segurar?
E onde esteve a ciência quando faltou emoção?
Como devolver toda a simplicidade feliz
ao ser adulto e adulterado que, por um triz
da morte, se vê sôfrego, perdido em paixão?
O homem, para encher-se, fez muitos engenhos
de prazer e de dor, mas a poesia lhe oferece
um vazio, em prol do qual, com mil tormentos,
incessantemente, corre e sofre para o aniquilar;
ignorando que o tal vazio é o único meio por onde
todo homem poderá achá-la e assim se encontrar.
todo homem poderá achá-la e assim se encontrar.
6 comentários:
Olá Sérgio,
Muito bonito esse soneto,e ao mesmo tempo triste.
O poeta concede preencher esse vazio.
Beijos no core♥
Ótima semana!
"A vida de um poeta é como uma flauta na qual Deus entoa sempre melodias novas." (Rabindranath Tagore)
Belíssimo, Sergio!!!
Deixou-me pensativa... Um soneto inquietante. Fantástico!
Boa semana pra ti também.
Beijos,
Nel
Oi Sérgio!
Após um sumiço(involuntário)volto a te ler e a me encantar com a beleza de teu poema...encontras poesia e beleza e as entregas a nós...e esta entrega se faz inteira,sofrida e mágica.
Melancólico,porém lírico poema.
Bjsssss,
Leninha
Pareceu-me ler, neste teu Poema, algum desalento e alguma tristeza.
Poeta "vê" o que os demais não enxergam e sente dor onde os que o rodeiam gozam de alegrias.
Abraços
SOL
Olá Sérgio!
Maravilhosa sua postagem, sempre encanta-me te ler.
Ótima semana de muita paz.
Beijos no seu coração.
Abraços
Olá,
A simplicidade feliz pode ser restaurada pela doçura do coração...
Abraços fraternos de paz
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