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sexta-feira, 28 de março de 2014

A antiga canção da chuva - Sergio Martins




É tão pequena e sombria a tua rua
na noite em que sussurra
em nós a antiga canção da chuva.
Agora você se cala, (pois ainda não era outono)
e mesmo assim chora o céu ao frio e sono
pra dizer por nós quem realmente é o seu dono.
Silêncio. Escute a emoção. Se é que ainda fala o coração...
Incêndio. Sacode então a poeira e dança o tango de tua imaginação!
Hoje tudo existe só para vermos e nos enxergarem:
as flores não são para os foliões e sim para os tristes se amarem.
E não vá dizer dos contrários...
E pão há de ter nos desertos e átrios...
Amor, você é menina magra de pele branca
e não se exponha ao sol de março caso não possa ser franca;
mas faça dançar pra mim o teu cabelo em vermelhidão
de festa celeste quando a tarde se esvai feito sorriso leve de paixão.

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