É tão pequena e sombria a tua rua
na
noite em que sussurra
em
nós a antiga canção da chuva.
Agora
você se cala, (pois ainda não era outono)
e
mesmo assim chora o céu ao frio e sono
pra
dizer por nós quem realmente é o seu dono.
Silêncio.
Escute a emoção. Se é que ainda fala o coração...
Incêndio.
Sacode então a poeira e dança o tango de tua imaginação!
Hoje
tudo existe só para vermos e nos enxergarem:
as
flores não são para os foliões e sim para os tristes se amarem.
E
não vá dizer dos contrários...
E
pão há de ter nos desertos e átrios...
Amor,
você é menina magra de pele branca
e
não se exponha ao sol de março caso não possa ser franca;
mas
faça dançar pra mim o teu cabelo em vermelhidão
de
festa celeste quando a tarde se esvai feito sorriso leve de paixão.
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