Você gostou dos cachos amarelos da Acácia
(enquanto eu recitava Vinícius de Moraes),distraí-me em seus olhos, no
teatro, antes do beijo regado à vagarosa chuva: ficamos acima da cidade assistindo
as luzes que dormiam sob a imensa lua.
Beijar-te é um portal que me leva a
encontrar o perdido eu. Dos seus lábios tenho minha eufórica juventude, a
idealização romântica apagando os ressentimentos de guerra, transpondo-me à
redenção divina...
O verdadeiro beijo é a saciedade da ânsia
desesperada pela vida.
Não ter seu beijo é o meu medo
inconsciente das clássicas tragédias: experimentar nos deleites de outros
beijos a prematura e lenta morte.
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