De grãos crepusculares foram os beijos, o desejo flutuou na passageira estação, à fogueira branda levitou em fumaça o pacto de amor... Abraça agora a insensatez das horas, mergulha o véu e a grinalda na lembrança romântica e festiva. A brisa matinal se levanta e a moça deita observando a maquiagem desfeita no espelho d'agua que clareia e reflete o céu nuvioso e calmo... O bouquet velado pela lua minguante se enterra na areia feito crisântemo cuja beleza é suprimida no túmulo. Silente, a noiva abandonada guarda sua aliança nas ondas, degusta o nobre champaigne, desenha seu coração na maciez úmida que se desfaz na amarga espuma, rega seu vestido ouro branco com chuva de prata diante do mar que canta a antiga e eterna bossa (de sua melancolia).
Imagem: http://vilamulher.terra.com.br/mariar9/trash-the-dress-ou-destruir-o-vestido-9-6189935-115228-pfi.php
13 comentários:
Sérgio...lindo poema..lindas metáforas. Estou comemorando 200 seguidores. Passa lá?
Um beijo..
Ma
Bela composição, Poeta!
Abraços
Um quadro belo de um amor em uma ocasião tão especial e inesquecível.
Beijos e boa noite!!
Carla
Sérgio
Sempre criador de metáforas com sentido belo.
SOL da Esteva
http://acordarsonhando.blogspot.com/
A Bossa de um abandono... lembranças, foi tudo o que restou... nada mais melancólico.
Voltei! Estava com saudades de ler teus textos, Sergio!
Estive sumida porque meu computador precisou de assistência técnica, mas agora já está ok.
Beijos pra ti, e uma boa noite!
Vc escreve tanto que nos deixa em plena harmonia com nossos pensamentos...
Bjsssssssssss
Que belo!
Seus posts são repletos de sensibilidade.
Beijo.
Lindo demais , um verdadeiro bouquet!
abraços !
E debaixo daquele branco vestido, um coração antes tbem alvo, se enegrece de dor.
beijos achocolatados
Estreando aqui...
Pena não vir antes, o tempo ter-me impedido, assim, perdi um tempo precioso de conhecer bossas e árias, por partes, por tudo...
Encantei-me!
Mais devo ler e reler... por além de gostar, tentar descobrir o mistério da alma de um poeta! Ou não! Afinal, segredos fazem parte do "esconder-se" e "revelar-se"... Vamos lá! Creio ter um tempo a ganhar à frente!
Afagos, menino!
Passando para falar de saudades de tuas escritas...Bjsssssssss
Sergio,lindas imagens ,belas metáforas sempre.Amei esta "insensatez das horas".Você nos revela um novo e apaixonado modo de ler um sentimento.
Bjssss,Leninha.
Oi Sérgio, Você é um mestre nas criações de belas metáforas, parabéns amigo. Ler você é sempre um prazer pra mim. Um beijo e ótima semana.
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