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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Soneto de menina morena - por Sergio Martins

                                             


O tempo afetuoso levou-me à noite gélida e alucinante,
e, semelhante às árvores pantanosas, eu, musgo entre
frutos ilustres, luzi minha alegria no macio ventre 
de menina morena: do seu amor, ao luar fui navegante.

Feito uma canoa que balança presa à encosta do porto,
lembrei-me do poço aberto, do vulcão que se alegrou
nele, espargindo sua semente; e o lodaçal se revigorou,
do tijuco brejeiro surgiu nascente cristalina, fértil horto.

Assisti os capins afogadiços pela enchente lodeira do riacho
exaltados e livres; debaixo da grama florescia a vida como
voo desamarrado do olhar, ervas em revoada no áureo facho.

Porquanto, ante às graças veraneias, o que sufoca o chão suburbano
não são as nobres pegadas que se foram ou as pétalas abatidas que 

ao sopro bruto fogem, é a raiz que rasga - o broto lindo e desumano. 

2 comentários:

Anônimo disse...

Que lindo. Amei ter lido seu poema. Dá vontade de lê-lo mais vezes...

Severa Cabral(escritora) disse...

...Olá meu amigo querido!
Venho trazer minha mensagem...
Celebrar a Páscoa é celebrar nossa vida-em-Cristo:
Saimos da escuridão para a liberdade...
Aleluia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
F*E*L*I*Z***P*Á*S*C*O*A***C*O*M***A*M*O*R***!!!
Bjs

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