Você ficou esperando as chuvas no
estio ou seguistes os rios que deságuam no mar?
Ainda és levado pelos ventos inquietos e sem
norte para conhecer os horizontes de teu ser ou hás de demorar-se na pseudo e
entediante segurança de um porto – a ver navios que chegam e partem no
cumprimento de seus destinos?
Sabe-se, há tempos: o que aprisiona
sua paz é tão fútil como aquele antigo medo de voar...
Quando faltar graça na conquista
e o prêmio tão almejado fragmentar-se, hás de convir que a forma como se chega
é o que sempre valeu à pena...
Agora, penso em como serei lembrado... E ainda que impulsivo e
intenso demais em minhas luzes e sombras, penso no fim de meus dias em meu doce
lar onde terei os que amo ao meu lado, pois a eles, dei o melhor que pude sem
economias...
E você, será que ainda podes
sentir o prazer dessa brisa outonando a razão e sorrir com os temporais de
Abril ou lá na frente, estarás na beleza indiferente de sua veraneia ilha...?
Nenhum comentário:
Postar um comentário