Por vezes, matei a vida por medo da morte - admirado,
contemplava a festa nos paços de teus olhos.
Há tempos, por medo da vida assassinei meus lirismos -
tentando em vão matar a boa morte que brota desse amor.
Os poetas sabem que só se deve beber da vida até o fim da taça,
e eu que já não sei mais viver pelos mortos
que me assombravam a felicidade,
rendi-me aos pueris devaneios do prazer:
Sem poesia, toda verdade é distopia;
Sem felicidade, até a morte é vaidade.
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