Páginas

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Labirinto encantado - Sergio Martins



Uma borboleta laranja senta-se no chão, perto da amoreira em câmera lenta.  — Vídeo de Stock © van_yog #240063896





Há tempos, ouço a suave voz: “borboletas no estômago”. Até que, semelhantemente aos importantes eventos que acontecem na distração, percebi uma borboleta sobre uma amora. Amei a cena! Entendi a razão de as borboletas se agitarem no meu estômago: fiquei enamorado.

Namoro é coisa de adolescente, feitiço que possui a alma dos distraídos... Eu sei disso porque nunca passei dessa boa fase, como se houvesse uma conspiração do destino em me aprisionar nesse labirinto encantado (adolescência); portanto, aqui onde o olhar poético é o modo mais cristalino de pensar a vida (tenho um caso de amor com a vida), todos os dias são novos e meus\dos namorados...

Borboletas no estômago ou acima de amoras são mágica metáfora: a maior novidade, o singular fascínio para este adolescente... Metamorfoseando a alma dos amantes, todo poético namoro é uma borboleta recém-nascida, e o amor é o seu sustento: a doce amora que nasce todas as manhãs...

Amar é ter parte de Deus. Os amantes sabem que estão enfeitiçados pelo pacto com a imortalidade, mas se sentem livres dentro do labirinto encantado, pois estão satisfeitos em representar a antítese de obscuros mundos – das lagartas que morrem em seus casulos.


2 comentários:

Anônimo disse...

Coisa linda de se lê, saudades de seus textos... Obg pelo seu amor pelas borboletas 🦋🦋🦋🦋...
Elas sempre voltam...

Sergio disse...

Borboletas sempre voltam azuis. rs Amorinha doce, borboleta mais linda...!!! Amo tanto...!!! <3

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Postagens mais visualizadas