Pousou. Ascendeu. Deslizou. Acalmou-me:
Planei no céu. Abriu o segredo e contou-me.
Violão do corpo à alma, novo se fez,
flor colorida confundiu-se com sua tez,
como fosse alegria de primeira vez
toda a nossa beleza que se refez.
Abandonando o prazer de um farol
mergulhou ao encontro do sol:
minha sombra despida, a razão faz valer,
na timidez de tocar-me, no orgulho de sua luz obter...
O que traz um sensível olhar às estrelas
devolve-me a graça nas incertezas...
Se tropeçante e com medo abro as janelas pra acreditar,
já não me apresso em entender o seu levitar...
Minhas asas são – suas -,
as curvas que me obrigam - suas ruas -,
ao vulnerável atalho dessas - águas turvas, brumas -,
duas luas - vibrantes em suas palpitações mudas -,
é cada olhar no castanho mar - dóceis uvas -,
é feitiço marulhando - almas impuras-;
borboletas recém-enclausuradas provando, sorrindo e nuas.
Um comentário:
Olá,Sérgio!Lindos versos eu sou apaixonada pelas borboletas elas são um belo exemplo de transformação e servem para nos mostrar que tudo pode mudar quando menos esperamos.
Beijosss
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