Foi num domingo que a – louca –
amada furtou minha televisão.
Na segunda vez, levou minha
cama e o sofá.
Na Terça de Carnaval destruiu
meu Abadá.
A Quarta foi magoada folia com
chorinho, todo meu mundo sem chão
e, mesmo ao lado dela, a casa ficou
vazia – minhas cinzas sem ressurreição.
Na quinta-feira – meu dia de
folga - não tive geladeira nem fogão.
Na Sexta, mais volúpia, cama a
dois, promessas de regeneração...
Até chegar meu Sábado de
Aleluia em que ela trouxe muita aporrinhação,
daí, aborrecido
de viver só pra morrer, parti de Finados à poética remissão:
em alforria boêmia ressurgi no bar em boas companhia e diversão,
livre, definitivamente, daquele ebó-amor de assombração!
em alforria boêmia ressurgi no bar em boas companhia e diversão,
livre, definitivamente, daquele ebó-amor de assombração!
Um comentário:
[...] "e mesmo ao lado dela, a casa ficou vazia – minhas cinzas sem ressurreição."
- Ótimo poema!...
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