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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A flor azul - Sergio martins






A primeira vez que vi essa alegria no meu quintal, em agosto/2013, foi amor à primeira vista! Fiz este texto para ela:
Agora, são os prédios trazendo essa umidade que deteriora os móveis, esses dias sombrios sobre as casas, trancando os ventos que bailavam com as borboletas...Os quintais sofrem a saudade das coloridas luzes matinais que levitavam poeirinhas de água, a lua ausente e as poucas estrelas perdidas de vista... Por toda a cidade, nossos olhos parecem cinzentos como os outdoors, o barulho das pessoas e dos carros seguem desequilibrados e rudes...
A modernidade é este mofo corroendo a suavidade do tempo e as lembranças de quando brincávamos no gira-gira desse jardim... 
Eu, em minha revolta impotente, vi nascer uma flor azul em meio ao lodo, mergulhada na escuridão... Grato, ri da aparição transcendente e inesperada — semelhante uma aberração produzida por essa convivência frígida e escura. Isto me sussurrou como um inédito e raro motivo para viver — feito o movimento poético-filosófico, do qual, toda a vida necessita para produzir mudanças...

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