Escrevo pela ilusão de eternizar a beleza, pois é dessa poética que se alimentam os amantes da arte. O que realmente interessa-me é não frear o impossível: controlar as palavras - é a arte quem me guia. No momento em que as palavras me conduzem, mesmo levado pelas ilusões, exponho minhas únicas verdades... É nisto que contém sentido: tornar-me legível (para mim mesmo) mesmo com certa medida de obscuridade.
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
O Lustre - Sergio Martins
Vi no “O Lustre” de Clarice a razão de caminhar
à fuga de todo risco de não me elucidar:
harmonizar o trágico, a noite pra me guiar,
o desamparo de um flerte, Cubismo insano do olhar...
Restava o grito infinito dessa vida que eu quis,
parecia estar escrito no livro que o limite é um traço fraco de giz.
Aumentei o zoom, dei um clique neste palco infeliz;
acreditava que tudo era um circo, mas viver é um passo - a um triz.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Postagens mais visualizadas
-
O cupido é um anjinho bom que se diverte arrumando namoro para todos e fazendo muita gente feliz. O Renato, por exemplo, era um cara ...
-
Nas esquinas de sonatas vi você passar e o "ali" já não havia... Nas ladeiras desse amar-te ouvi dizer que no inverno o flore...
-
Na mesma praça, no sempre novo e único crepúsculo vespertino de Dezembro em que se banhavam com as cores e luzes fervescentes do verão...
-
A barquinha corta o mar deixando um traço branco de espuma por onde passa igual a esquadrilha da fumaça que desenha um coração de nuvem n...
-
"A guerra nunca é um fim último (...) Na terra de quem ama, até a morte é adubo e a tragédia, fecu ndidade."
Um comentário:
Amei!
"O limite é um traço fraco de giz"
E não é que é?
Abração, Sérgio!
Nel
Postar um comentário