Por sorte, não voltei à razão abaixo do temporal que testemunhava o aventureiro casamento do moleque peralta subindo às nuvens com sua misteriosa divindade, saboreando da planta de seus pés aos seus legumes, às suas flores, folhas, frutas idêntico a um caule espesso, rígido e sequíssimo de apetite por toda a seiva; penetrando ao ar livre, musicando aos gritos, dançando e recitando em baixo som na escuridão da floresta úmida e quente que à minha frente se apresentava como a mais deliciosa de todas as imprevisibilidades dessa vida insana.
Ensandecido pela magia dos olhos me tornei um herege declarado. Logo eu que nunca fui consumista tanto pelas possibilidades financeiras quanto por princípios ideológicos, aprendi a aflorar meu materialismo espiritual; a partir de então, uma desatinada paixão me faria ser o maior comprador de sonhos e de felicidades daquela feira.
Um comentário:
Sérgio
Uma bela saga para uma Feira igual e diferente.
Bela prosa.
Abraços
SOL
http://acordarsonhando.blogspot.com/
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