À boca da noite, um feixe do anil
resplandecente riscou
o céu que sussurrava tempestade feito rasgo
de sua
palavra no papel em branco – desprezado
nesta rua
onde o prazer cai no ocaso – à luz cinza que
nele vibrou.
Mas não contentada em ser admirada, a lua
sobre o monte me assistiu
instigado ao fogo vívido e a minha visão
insignificante
na noite que, talvez, seria fútil,
acendeu-me importante,
pois quando a brisa tangia-lhe os cabelos a
graça não me comediu.
Qual tema sinistro à noite deprimida, vi a
lua distraída às vésperas do fulgor
do novo homem que da vida, só a felicidade
quis, ainda que em gozo
escondido- como orvalho no eclipse-
estivesse todo o seu amor.
O tecido morno daqueles lábios ansiei como a
vida toda de fantasia e glória
e naquela canção grata a Deus, o deleite
reviveu, e eu, sorri lançado à
morte do primeiro beijo ao luar de minha
trêmula, tímida e aflita Vitória.
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