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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Lágrimas de outono - por Sergio Martins

 





A flor solitária no capinzal de Maio me deu paz

e de dúvida e medo ela murchou e não quis mais.

Sei, são águas que concorrem a um mesmo cio

qual hostilidade de granizo sobre o solo macio.



São belos, ainda que tristes, os pés vacilantes que descarrilham os trens.

São todos certos os andares errantes que por fim se alinham aos bens.

Quando é fim de bebida e de fumo são muitas ruas à chorar;

mas não vá me acordar antes desse tal cansaço me alcançar.



São lágrimas de outono

para não vingar meu sonho.

São lágrimas de outono:

pro teu sorrir, ao sol lhe ponho.

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