Óh, frágil luz de rosto jovem,
tão cansado é o íntimo que te ilumina!
Óh ágil vidraça do firmamento de ontem,
quão permanente é a beleza desta velha menina!
E o velejar de tempo é nuvem passageira,
o furor e os anseios de "porquês" são poeira,
tristeza mesmo é o olhar que se colore mas não vê
que a (fugidia) alegria crepuscular vem de você.
E o silêncio é rio que não acalma
quando vem refletir a dor da alma.
Deslizando nesse céu de verão, não há do que se lastimar,
pois a magia da Estrela da Tarde foi feita só pra nos musicar.
Imagem: Google
3 comentários:
E que palco já não foi e ainda continua sendo o Crepúsculo para os poetas, músicos, namorados, enfim, para o desenrolar da vida, bem debaixo da magia da Estrela da Tarde... Huum... viajei! Lindo!!!
Grande abraço pra ti!!!!
Me fez refletir em quantos ocasos minha alma penou à espera de respostas que se tornaram poeira, pois aguardar a solução só nos adia as delícias de novas descobertas que se irradiam ao nascer de um novo dia...
Eis aqui Vênus, a estrela D’Alva ou Vésper que tem como cenário o manto celestial do ocaso ou alvorada, quando atinge seu brilho Maximo. Sendo após a lua o objeto mais iluminado do céu noturno,sendo esse mesmo céu, o noturno, inspiração a tantas composições musicais de caráter melancólico, evocativa da noite ou inspirada por ela, o que confirma e reafirma sua ultima afirmação: “Feita só para nos musicar”. Penso se Chopin, dentre suas 19 peças,não tenha extraído alguma delas da mesma fonte que o inspirou esse poema, onde a sutileza e delicadeza de uma figura de luz pôde ter a sua essência captada por sua tão aguçada percepção, tendo sido metáfora ou não.
*O céu é extremamente belo, sua infinitude me condena a contemplá-lo e a desejá-lo como terras que à pisar. Sofro mais a cada angustiante seqüestro celeste que vivo e por sua falta deliro... Olho as luzes no monitor e tenho um vislumbre sideral, ganho novas estrelas em meu delírio celestial: Uma chama-se saturação e é de um verde intenso e brilhante, e o ponto vermelho no monitor ou eletrocardiograma é pôr-do-sol que faz lembrar vida nascendo feito manhã irrompendo, dele só desejo o belo, o seu ressoar que são gaivotas a clamar que jamais anoiteça... - Amanheça, não se ponha... Silenciosamente o pedia, que prontamente obedecia me dando números melhores... Mas um dia ele se pôs, anoiteceu em mim, que do alto via a mim mesma, porém buscava o ponto, a luz, o meu sol abandonara-me? E de longe avistei a estrela de metal, uma D’Alva sem igual... A minha sírius... Pediu meu coração como morada, julgando-o lugar seguro, não imaginando quão inventivo e irreverentemente mutante de paisagens ele era. A inquietude o pertence, ainda assim, traiçoeiramente eu a abriguei, em troca da promessa de que assim sendo eu voltaria a contemplar mais inúmeras vezes o verdadeiro manto celeste que abraça a Terra que finalmente, em breve, mais uma vez a um contemplaria e ao outro pisaria! Prometi: Sentirei minha estrela por onde for. Não é dificil cumprir tal promessa, afinal,em mim ela não apenas brilha... Movimenta-se vitalmente!
PS:(Trecho de texto escrito em mais um dos internamentos, nesse estive por 13 dias numa U.S.I, após U.T.I, onde em todo momento a luz solar e a visão do céu me foi privada, afinal, por ser unidade intensiva e semi-intensiva, não havia janelas e nem se quer frestas,ainda assim o céu estava lá. Ainda não publicado, até o momento)
Dica Cardoso
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