Poderá ser de súbito mesmo sua percepção do mal já extinto há bastante tempo, pois sua atenção ao luto te impossibilitou tal esclarecimento.
Quando a dor partir, a ausência se transformar na sede pelo autoencontro e a saudade traduzir-se num desejo de florir junto com a primavera - ainda que entendas ser tarde demais e insensato o murchar junto às rosas de outono -, até mesmo o mar tempestuoso será outro olhar: sem o embaço que o desbotou. Daí, sua casa se proverá de novas fotos no porta-retrato, sua mente quererá somar novos conceitos, entenderás como vaidade dolorosa todo o afã por entender a vida e o além-vida...
Ao tempo que seu corpo, irrefreavelmente, abrir-se-á em apetites de outros sabores.
Imagem: Google
4 comentários:
Oi Sérgio,
saudades de você.
Lindo, pofundo e todante seu texto...
Eu continuo esperando:
O tempo que MEU corpo, irrefreavelmente, vai abrir-se ao apetite de outros sabores.
(que assim seja).
Gostei dos teu blog...
Posso ficar?
Beijos achocolatados
Sérgio..forte seu poema. Intenso!!
Sua poesia toca meu coração.
Bj
Ma
Hummm! Essa é pra apimentar a alma... e o corpo tb!!!!
Sabor de gangorra!!!!! rs
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