"Minha risada sarcástica e meu flerte remetido à sensual Dama da Noite vem na forma de meus descuidos, meus Drinks abusivos, minhas noites em claro, minhas distrações, na fumaça do meu fumo, na vela que sopro comemorando menos um ano de vida, nos meus exageros por onde toco levemente em sua perigosa e frígida pele... Não sei se sofro mais pela saudade de minha irresistível Dama ou por sua inesperada e evidente chegada. A fim de poder gozar mais um pouco e de forma excepcional dessa estranha vida, se me fosse permitido, eu lhe faria apenas um pedido: que não seja súbita. Mande-me um bilhete falando sobre sua fome por mim..."
Escrevo pela ilusão de eternizar a beleza, pois é dessa poética que se alimentam os amantes da arte. O que realmente interessa-me é não frear o impossível: controlar as palavras - é a arte quem me guia. No momento em que as palavras me conduzem, mesmo levado pelas ilusões, exponho minhas únicas verdades... É nisto que contém sentido: tornar-me legível (para mim mesmo) mesmo com certa medida de obscuridade.
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"A guerra nunca é um fim último (...) Na terra de quem ama, até a morte é adubo e a tragédia, fecu ndidade."
Um comentário:
Que lindo, Sergio! Delícia de se ler!
... E que bilhete belo e faminto para se receber, não? Fechou o teu escrito com chave de ouro! Ficou, lindo!
Bj
Nel
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