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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Casais ( Amor de Ariel - parte 8/ final) por Sergio Martins




De comum acordo, o casal escolheu algumas obras de arte e partiu deixando aquele rastro de boas sugestões no ar solitário que nos dominava. Por fim, apartados de toda aquela insossa normalidade, resolvemos juntar nossas carências à música do seu violão e da irrequieta chuva. Um suspiro de quem acabara de retornar à vida após um acidente pareceu-me reprimir a tristeza, senti os batuques eufóricos feito criança em festa de fim de ano me insurgir o peito velho e cansado feito um resfolegar de ar montanhês e convenci-me, cheia de um orgulho presunçoso, que já éramos categoricamente um casal. Mas não um casal qualquer, e sim, um casal definindo a existência; pois namorar, nessa magia que nos amarra a alma é uma tentativa de pôr o brilho feliz da significância vital à sofrida existência. Dali pra frente, a sexta-feira se fez fugitiva, calma e breve, os finais de semana se tornaram pequenos e férteis e as festas de Dezembro, um amanhecer em nós. Então, descobri que o tempo apenas segue seu curso natural, mas é o mundo que passa a mover-se gracioso e sensual aos olhos amantes.”

Imagem: http://downloads.open4group.com/

4 comentários:

Anônimo disse...

Grande Sergio, como é harmonioso ouvir As vozes do mar! Ao fim desse último episódio, sinto vontade reler desde o começo. És um escritor completo que consegue unir requinte e simplicidade em poucas linhas, parabéns! Peço que torne a escrever mais minisséries como esta.

Muito obrigado!

Anônimo disse...

Oi , Sergio !


Obrigada pela presença e convite.
Adorei seus escritos ...
Voltarei para ler todos . :)



Bjo Grande e Te Sigo com Alegria.

Ronaldo disse...

olá,

gostei demais do seu blog, bem feitnho e distribuido e estou seguindo

abs

Luanna Saraiva disse...

Ah, e como é bom namorar. Namorar no sentindo em entregar-se e reviver a cada segundo uma emoção já sentida, só que com mais intensidade e mais entrega. Sim amigo, acho que essa magia é uma forma sutil de ver maravilhas em uma realidade muitas vezes tão sombria. E como já dizia um livro de história antigo que li: O tempo é tão relativo, ao estar numa fila 30 minutos são 30 horas, mas com a pessoa amada, 30 minutos não são nem 30 segundos. Amei o texto!

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