Num país cristão apoderado pela ditadura materialista, o Natal é obrigatoriamente um dia de paz e alegria. No entanto, também é uma data triste. Não para mim, é claro. Pela quantidade de temas sobre esta época, você já deve ter percebido que esta data enche de luz os meus olhos; todavia, bem como toda a alegria que rodeia o ar de fim de ano, o Natal põe em minhas costas o peso da infelicidade universal. É quando sinto mais fortemente as dores alheias e me vejo dentro do túnel escuro das emoções coletivas: o drama de quem foi rejeitado, os órfãos, os doentes, os desenganados, o desdém de recebido por quem só se ofertou amor, a pessoa que em fazendo o bem, foi vítima do ódio, do preconceito e da injustiça, o regresso social que aprisiona milhares de pessoas na miséria, nas drogas, na solidão...
Lembro-me de uma véspera de Natal em que saí à rua para refletir e observei o grande fluxo de pessoas nas ruas movimentadas, as quais, no afã das compras, exprimiam a tristeza como produto da cultura material da felicidade. Eu seguia calmo no caminho contrário à multidão, pensando no ano que acabava bem pior do que o seu início, os jornais me enchiam de agouros com as notícias de fome, guerras e corrupções em todos os setores como se fosse um anúncio do que viria no ano seguinte...
Desenho: http://semprecatolico.blogspot.com/
2 comentários:
Sergio
Lindo seu texto e digo que o Natal é um dia de felicidade porque nos traz a esperança de um novo amanhecer através no nascimento de do Menino Jesus.
Beijos
Nossa! Eu é que fico lisonjeada e feliz por receber de ti um comentário tão especial como este... obrigada imenso por teu carinho e atenção. Estou adorando conhecer os teus escritos... inspira-nos, é maravilhoso!
Beijos.
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