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domingo, 19 de dezembro de 2010

Bate o sino pequenino (parte 2) por Sergio Martins

A música do sino da igreja desperta-me mais que uma ligeira emoção, também traduz-se como porta-voz da minha (in)consciência ecoando: dim-dom, dim-dom –, isto é, as batidas na porta de minha razão. Mas não é apenas a música a tocar-me, sinto que o que arrebata-me mesmo é o sentimento que o sino tem por mim; todos os dias ele vem a mim com sua mensagem carinhosa - dim-dom: "desejo prender sua atenção para o meu trabalho – elevar-te à dimensão transcendente".
Sinos me remetem às mágicas imagens da infância, e as figuras místicas da infância representam aquilo que devo e quero ser: o menino Peter Pan bem-humorado, corajoso, sonhador e feliz rumo à Terra do Nunca; a fim de que eu não incorpore o adulto adulterado de infelicidade - o Capitão Gancho enganchado pelo recalque, possuído pelo ódio e vencido pela ganância. Não é à toa que na história, o exemplo de sensibilidade heroica e inteligente é a fadinha que tem por nome a própria voz da consciência que, não somente me evoca à razão, mas sobretudo, convida-me à fantasia: Sininho.
E se porventura, acabar o efeito mágico desse toque da consciência que me eleva à felicidade do mundo simples da criança, apenas me restará a severidade do mundo adulto.


Imagem: Google

3 comentários:

Anônimo disse...

Sergio,

Não há o que agradecer .... :)
É um prazer te ler.


Bjo e Boa Semana .

Edna Lima disse...

Muito bom garoto! " batidas na porta da minha razão" bom demais
Um belo Natal pra vc. Que os sinos alegrem sua festa.
Um bj grande. Edna

Unknown disse...

Me lembro do sino que o garçon toca e do atendente de hotel. São milhoes de sinos com seus significados e significantes.

Bjos amigo!

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