sua maciez em meus nervos eletrizados,
sua canção em que meus traumatizados
sentimentos, enfim, acharam a doçura do amor.
A noite do Jardim Novo tem sono e um sonho me ergue,
viajo pelas tardes quentes de Dezembro:
esperança na alegria tardia. E assim, lembro
que o cair do dia é uma espiritualidade que me segue.
Tarde por tarde adentro nesse belo entardecer
em que sou crepúsculo - complexidade posta
no que incendeia de exultação o meu viver.
Por essa infinidade, a morte definitiva jamais será minha anfitriã,
pois, só a Dama da Tarde tenho como visita de honra nesse
além-mundo cuja estranha poética é a única certeza do amanhã.
Foto: A bela da tarde (Belle de Jour), 1967 / Um filme de Luis Buñuel/ França / Italia
Fonte: Google
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