Sei que não devia, mas te vi.
Quando recebi seus olhos, foi como o despertar - um súbito pasmo diante da realidade.
Estava atento, livre, seguro e um tanto feliz entre os prazeres de vinho e a roda de violão, pois sou inteiro e me sinto pleno com os vazios naturais de todos nós, porém, você veio para pontuar mais significados, agitar a calmaria entediante, dar-me fôlego e cansaço, trabalhos e muitas folgas/folguedo, os espelhos pelos quais admito o que nunca quis enxergar...
Sei que não devia, mas te vi.
E você me convidou-me a dividir muito mais do que tenho - do amor.
E isso é levar e trazer tudo de mim.
Sei que não devia, mas te vi.
Quando você me olhou, seu caminho também era um frígido agosto...
Até que em nossa distração, pela noite caminhando, vimos um farol:
deu-se o amanhecer floral de setembro.
Um comentário:
Uma hora, isso acaba acontecendo com a gente... Um momento de distração e pronto! Acontece o "Sei que não devia; mas te vi"
Pura magia da vida, de encantos e coisa e tal... rsrs
Beijos,
Nel
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