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domingo, 19 de agosto de 2012

Soneto à Maria Bonita - Sergio Martins

[MULHER+DO+CAMPO+C+VESTIDO+E+CHAPEU.jpg]



Vi o Jequitibá, a peroba, o imbu, os cedros – mundo verdureiro,
mas tenho a graviola bela, as maçãs vermelhas,
a terra preta e boa que, em namoro com sua pera quente,
para mim, deu pano pra Manga; semelhante à prosa de roceiro!

A hortelã perfuma os salgueiros entre os juncos, o abiu, o saputi...
A cereja adorna o campo de acaju-catinga, laranja lima,
palmito, tâmara, feijão olho de pomba... e riacho acima,
vou afoito no cavalo para descobrir a banana d’água junta à caqui.

Encorpada de meu néctar e caramelada ao fulgor de seus jambos,
quais palavras simples aclarando minhas complexidades, notei o
prazer da escuridão: inseguras metas, dores e regozijo de ambos!

Da velhice de canoa ao fumo de rolo por todo atalho de mato e brita,
da infância longeva e das tardes frescas sob a sombra da rede após o
almoço, desejo só o frio aos pés da fogueira de minha Maria Bonita.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pela roça a fora, eu vou bem sozinho... até esbarrar com Maria Bonita pra me acompanhar!!! Hehe!!! Alegria, Pablito!!!!

Helena de Campos disse...

Pela roça a fora, eu vou bem sozinho... até esbarrar com Maria Bonita pra me acompanhar!!! Hehe!!! Alegria, Pablito!!!!

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