Na praia, descortinei as retinas e de tudo o que observei, nada mais havia que pudesse melhorar-me. E evolui-se minha perplexidade em desvarios: enquanto viam-se apenas coisas nas pessoas e pessoas nas coisas, de forma milagrosa, tudo me saltava aos olhos com o brilho de beleza.
Naquele momento deixei de ser eu mesmo, o mundo virou, o tempo estagnou e as imagens convencionais sumiam de minha vista para uma nova dimensão me alcançar: eu e a poesia – já era o que pra sempre marcaria o Eu-em-si...
Ou seria uma atividade brincalhona de Deus em fazer-me um eterno embriagado que em sua contemplação singular da realidade, tornou-se estranhamente feliz?
Foto: meu acervo pessoal/ Dia de finados em Barra de São João - 2008
Um comentário:
Acredito que a contemplação é um dos momentos mais espetaculares da vida da gente. É onde podemos olhar em volta e para dentro de nós ao mesmo tempo tomados por uma mistura de constatações de tirar o fôlego... E depois de tudo, ainda nos resta uma sensação de leveza , quase como uma massagem na alma...Contemplar é enxergar com a alma. Poucos sabem fazer isso.
Bjosss
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