Qual imprevisível céu de Belém do Pará, neste clima metamórfico,
esvazia-se o copo que dorme à boca seca e fria,
a água ardente adormece a dor do corpo e cria-
após muitos goles-, na alma, o alento: personagem triste e utópico.
que levará o ser a ser-si-mesmo, a música feito tragédia teatral
no velho coração, é nova e dançante nos cenários desse natal,
nos lábios das crianças flutua a poesia viva de cada manhã e cheio
choveu no dia de sol, os pardais se aninharam em amor,
as flores e o barro ofertaram seus perfumes exultantes de gratidão.
Ora, o que é pior, a solidão ou a ausência? A perda ou a dor do infindo "por quê"?
“Saudade sempre” ou “vazio até logo!?” O que te cala não são os dias, o vazio não é um só.
A música será vã e de nada valerá a poesia se esse nada nadar em você...
A música será vã e de nada valerá a poesia se esse nada nadar em você...
Imagem: http://www.gostodeler.com.br/index.php
Um comentário:
É, amigo... o vazio nunca é um só. Quando ele chega (e como chega!) atrai tantos outro vazios que se a gente não aprende a nadar nesse "nada" que nos invade, sucumbiremos com certeza... Eu tenho aprendido a nadar nesse "nada" um pouco a cada dia, já engoli muitos vazios mas sobrevivi. Amei o texto! Instigante, questionador...
Beijos!!!
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