Fora do ninho, a beleza é uma imensidão;
enquanto você quer conforto e segurança.
Lá fora, há liberdade, perigos e decepção,
mas você se esconde nessa falsa esperança
como se a graça da vida fosse política e religião.
E por isso, nunca se machucou,
porém, jamais terá os troféus de uma criança,
que com as cores do caos se adornou,
que em brincando de ser feliz se esmigalhou,
que tem o vazio e o frio para criar,
que por não se esconder do amor, se achou
e sempre terá alegria à degustar.
Esta criança está na revelia da liberdade
e não voltará à prisão condicional
do ninho hipócrita e abissal
de sua adulta e adulterada vontade.
Teu olhar era o seu medo de morrer,
agora, o seu mar é essa vontade de viver.
Desenho: http://cesarmoraisarterenascentista.blogspot.com/
Escrevo pela ilusão de eternizar a beleza, pois é dessa poética que se alimentam os amantes da arte. O que realmente interessa-me é não frear o impossível: controlar as palavras - é a arte quem me guia. No momento em que as palavras me conduzem, mesmo levado pelas ilusões, exponho minhas únicas verdades... É nisto que contém sentido: tornar-me legível (para mim mesmo) mesmo com certa medida de obscuridade.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Postagens mais visualizadas
-
O cupido é um anjinho bom que se diverte arrumando namoro para todos e fazendo muita gente feliz. O Renato, por exemplo, era um cara ...
-
Nas esquinas de sonatas vi você passar e o "ali" já não havia... Nas ladeiras desse amar-te ouvi dizer que no inverno o flore...
-
Na mesma praça, no sempre novo e único crepúsculo vespertino de Dezembro em que se banhavam com as cores e luzes fervescentes do verão...
-
A barquinha corta o mar deixando um traço branco de espuma por onde passa igual a esquadrilha da fumaça que desenha um coração de nuvem n...
-
"A guerra nunca é um fim último (...) Na terra de quem ama, até a morte é adubo e a tragédia, fecu ndidade."
Nenhum comentário:
Postar um comentário