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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Timoneiro - por Sergio Martins


Veja só meu amor,as gaivotas voltaram ao mar, onde se aninharam as bossas sem lar; sem rancor.

É de dar dó. Também é de mergulhar na baía do Rio de Janeiro que, sem mágoa, perdoa o veraneio;esquecido de viver pra pescar.

Seja só “menina-flor”das “estórias” que me contaram pra ninar, a fonte em que se banharam as corsas - num mar sem sua cor.

É de virar pó. Também é de despertara alegria desse pobre estradeiro que, fugidia, entoa um aguaceiro- agradecido de morrer por amar.

Tenha dó. Que horror!As graviolas abrocharam no pomar onde se amargaram as noivas sem par; sem amor.

É de dar nó. Também é de rebuscara poesia sob o convés do veleiro que, na agonia, revoa luz ao timoneiro- mui sofrido de correr sem chegar.



Fotohttp://timoneironoturno.blogspot.com/2008_07_01_archive.html

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