Foi-se minha foice
à beira do rio doce
quando o tronco entortou-se
defronte de um coice
do cavalo que endoidou-se;
e não fosse meu forte açoite,
eu não teria tanta sorte naquela noite!
Escrevo pela ilusão de eternizar a beleza, pois é dessa poética que se alimentam os amantes da arte. O que realmente interessa-me é não frear o impossível: controlar as palavras - é a arte quem me guia. No momento em que as palavras me conduzem, mesmo levado pelas ilusões, exponho minhas únicas verdades... É nisto que contém sentido: tornar-me legível (para mim mesmo) mesmo com certa medida de obscuridade.
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