Se o rio transbordante sorri, eu sorrio.
Na antiga aversão, no mesmo seguir,
na crise da poluição, no secular esguio.
De mar e amar sou rio cheio;
ainda que no meio-a-meio,
no tudo-ou-nada, no estio,
no tudo-ou-nada, no estio,
no aperto de margem, no vazio
de Janeiro a Janeiro,
reinvento-me por inteiro.
Sem perder o doce, minha razão corre ao vento.
Deságuo no amargo, mas não nego o sentimento.
Intenso, às vezes luto, às vezes vadio,
mas sempre pleno. Me derramo. Irradio.
Foto:http://novoambiente.wordpress.com/2008/09/24/licenca-de-instalacao-abre-caminho-para-a-privatizacao-irrestrita-do-rio-madeira/
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