Escrevo pela ilusão de eternizar a beleza, pois é dessa poética que se alimentam os amantes da arte. O que realmente interessa-me é não frear o impossível: controlar as palavras - é a arte quem me guia. No momento em que as palavras me conduzem, mesmo levado pelas ilusões, exponho minhas únicas verdades... É nisto que contém sentido: tornar-me legível (para mim mesmo) mesmo com certa medida de obscuridade.
sábado, 16 de outubro de 2010
Flores por Sergio Martins
Não tem hora má que dê trégua à beleza
das flores de teu corpo e beijo.
Uma estrela a menos não põe fim à leveza
de um menino aos ventos quentes do peito.
São ínfimas (pensei, certa vez) as pétalas todas de suas palavras coloridas.
São sagradas (cri de insensatez) as pedras todas de suas pedaladas suicidas.
Ainda haverá quem lute contra a dor,
de absurdo, há quem recuse a flor
que talvez, seja só mais uma a se dispor;
afundada no olhar futurista: moderna cor.
Nascem milharais de ouro feito vento,
vemos a Chuva de Prata no casamento,
crescem Girassóis e morangos no vale de tormento
e temos a Graça dos Lírios como capim e alento.
É o caos urbano quem vai dizer
sobre os tempos e os seus sabores
ou será este sol de inverno que vai florescer
em teu corpo os perfumes dos seus amores?
Imagem: http://poeticasemportugues.blogspot.com/2008/11/campo-de-flores-deus-me-deu-um-amor-no.html
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