Escrevo pela ilusão de eternizar a beleza, pois é dessa poética que se alimentam os amantes da arte. O que realmente interessa-me é não frear o impossível: controlar as palavras - é a arte quem me guia. No momento em que as palavras me conduzem, mesmo levado pelas ilusões, exponho minhas únicas verdades... É nisto que contém sentido: tornar-me legível (para mim mesmo) mesmo com certa medida de obscuridade.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
O acaso por Sergio Martins
De casualidade eufórica e enganosa, o coração virou todo acaso;
conquistando velhos e novos olhares –saltando sempre mais alto:
cada dia um novo lugar de luzes e sombras –contra-mão e atalho.
Mas não é que de casualidade eufórica e enganosa, o tal acaso
por fim, tornou-se felizardo pela via de um amor apaixonado?
E assim, este acaso casou-se na casa-altar do seu próprio ocaso.
Foto: http://graosdeareia.blogspot.com/2006_10_01_archive.html
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