Escrevo pela ilusão de eternizar a beleza, pois é dessa poética que se alimentam os amantes da arte. O que realmente interessa-me é não frear o impossível: controlar as palavras - é a arte quem me guia. No momento em que as palavras me conduzem, mesmo levado pelas ilusões, exponho minhas únicas verdades... É nisto que contém sentido: tornar-me legível (para mim mesmo) mesmo com certa medida de obscuridade.
sábado, 16 de outubro de 2010
Dó de si por Sergio Martins
As vezes que o andar
fez do ocioso velejar
um palpitar de coração,
e os meses em que o sonhar
fez do gracioso nevar
um estar de contemplação,
tudo se passou como um agito de navegação;
foi só um dó de si. Apenas silente solidão.
E o ondear e suas espumas?
E o marulhar em suas brumas?
Vai perder?
Quem te achará para um remar?
Vou acorrer
a quem me dará um novo mergulhar.
Foto: http://despontardaexistencia.blogspot.com/
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"A guerra nunca é um fim último (...) Na terra de quem ama, até a morte é adubo e a tragédia, fecu ndidade."
Um comentário:
Todos temos um momento de "dó de si"...O importante é não permanecer nele, não é? A reflexão tem valia. Mas não podemos perder o ímpeto de remar, e que arrisquemos sempre um novo mergulho...
Amei!!! Beijos!
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